De devedor a credor do FMI

Deu no blog do Josias de Sousa:

Houve um tempo em que o Brasil só mandava para o FMI cartas de intenções. Boas intenções. Mas mentirosas. Desconfiado, o Fundo mandava a Brasília uma espiã.

Os mais jovens a desconhecem. Os mais velhos já nem se lembram. Era uma senhora espigada. Chamava-se Ana Maria Jul. Onde andará? Ela corria os olhos pelas contas públicas, aviava a receita e ia embora. Recomendava dietas pesadas, que faziam murchar a economia. Era como se o FMI dissesse ao Brasil: suicide-se que eu te ajudo.

Nessa época, ora como sindicalista ora como político, Lula dirigia increpações ao Fundo. Agora, acolhido pela tribo dos “peles brancas de olhos azuis”, Lula é outro homem.

Ele recorda: "Em minha juventude, carreguei faixas em São Paulo. Diziam 'fora, FMI'”. Sob sua presidência, o Brasil não quer mais “se comportar como um país pequeno". Prepara-se para enviar ao FMI não uma carta, mas um punhado de dinheiro.

Em nome da Viúva, Lula prometeu no G20 participar da vaquinha de US$ 1 trilhão.

E o fez com uma ponta de satisfação. Falando aos repórter, pespegou: Vocês não acham chique emprestar dinheiro para o FMI? O Brasil hoje tem solidez".

Qual será o valor da cota brasileira? Não se sabe, ainda. O ministro Guido Mantega disse que a cifra será revelada nos “próximos dias”.

Por ora, sabe-se apenas que a grana vai na forma de empréstimo. Por quê? Para que não caiam as reservas internacionais, hoje em US$ 200 bilhões.


Não se pode dizer que o Brasil tenha subido ao Primeiro Mundo. Mas já dá para afirmar que os países ricos tanto fizeram que desceram até o Brasil.

Não deixa de ser uma forma de aproximação! O Brasil ainda não entrou para o clube, mas já é alvo de gentilezas do ex-império.

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