Enquanto noutros estados os governos desde os anos 70 com responsabilidade centraram esforços para programar um promissor desenvolvimento ecológico-econômico, decididos em comum a alcançar em curto e médio prazo um crescimento estratégico, priorizando para tanto a sustentabilidade do Meio Ambiente envolvido, o que se observou durante esse mesmo período no Maranhão, foi um estranhíssimo desinteresse por parte de continuados governos, na pratica deixando de promover políticas públicas que obrigassem na mesma proporção, as indústrias potencialmente poluidoras que foram se instalando ao sul/sudoeste/e oeste da grande ilha São Luis, e em varias regiões do Maranhão, quanto a necessidade de se adequarem ao ordenamento do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos, e do Saneamento Básico, deixadas à vontade principalmente em relação a resíduos tóxicos; degradação, poluição e contaminação ambiental, hídrica e atmosférica, diante do suspeito não funcionamento dos respectivos Conselhos Estaduais e Municipais.
Ultimamente acreditávamos que pela primeira vez a pasta estadual de Meio Ambiente seria conduzida por alguém graduado no assunto, um “professor doutor” que por sua vez tem se demonstrado até prova em contrario, totalmente incapaz ou como queremos acreditar, incapacitado para reverter as graves realidades ambientais/hídricas/e atmosféricas dentro da realidade maranhense, deixando a mostra que a questão Meio Ambiente neste estado, continua e continua sendo menos importante, que o interesse unicamente capitalista pela implantação e funcionamento a qualquer custo de empreendimentos, todos altamente poluidores e contaminadores.
Falar da Assembléia Legislativa estadual e das Câmaras dos nossos 217 municípios em relação a falta do estranho compromisso comum pela não promoção de políticas públicas voltadas para a questão Meio Ambiente, é citar a falta de exigência para que a legislação ambiental estadual seja cumprida; é citar que quase na totalidade os municípios maranhenses não possuem seus próprios códigos ambientais; é citar que vários tipos de resíduos na totalidade dos municípios deste estado, continuam sendo esgotados de forma “in natura” em ecossistemas, comprometendo a balneabilidade, a potabilidade, e a piscosidade; é citar que apenas o zoneamento costeiro do estado já foi concluído, faltando o zoneamento ecológico-econômico que durante essa mesma época, suspeitamente não pôde ser concluído pelo muito bem aparelhado laboratório instalado na Universidade Estadual do Maranhão-UEMA; é citar igualmente outras preocupantes realidades.
Felizmente a conscientização de uma significativa parcela da população maranhense, sobre o que de fato representa para a geração presente e futura a preservação do Meio Ambiente, graças ao trabalho de vários Movimentos Populares organizados que trabalham inclusive a questão ambiental, tem se mostrado de maneira positivamente crescente, somado a mídia televisiva e de programas de radio AM e Comunitárias. Até mesmo porque, na pratica os nossos 217 municípios ainda não desenvolvem políticas públicas voltadas para este assunto, a exemplo da falta de obrigatoriedade na Rede Municipal do Ensino Fundamental, da Educação Ambiental e Sanitária.
Diante do exposto, resta, pois ouvir publicamente dos candidatáveis a conduzir pelos próximos quatro anos o governo maranhense, e igualmente dos candidatáveis ao legislativo estadual, que ao contrario das ultimas décadas, a política estadual para implantação de empresas e indústrias, impreterivelmente se baseie na política do desenvolvimento sustentável, garantindo dessa forma um possível um crescimento socioeconômico, capaz de efetivamente proporcionar qualidade de vida, e a exploração de tradicionais recursos naturais de que precisam para sobreviver, as populações existentes nas proximidades desses empreendimentos. (grupo de trabalho pro-saneamento básico meio ambiente terras e pesca da upaon-açu do maranhão, e outros *, e-mail: frecom_tp@hotmail.com)





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