Ideologia, 20 anos sem Cazuza


Ideologia


Cazuza

Composição: Cazuza / Frejat
Meu partido
É um coração partido
E as ilusões
Estão todas perdidas
Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato
Que eu nem acredito
Ah! eu nem acredito...
Que aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Frequenta agora
As festas do "Grand Monde"...
Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma prá viver
Ideologia!
Eu quero uma prá viver...
O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs
Não tem nenhum rock 'n' roll
Eu vou pagar
A conta do analista
Prá nunca mais
Ter que saber
Quem eu sou
Ah! saber quem eu sou..
Pois aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo
Em cima do muro
Em cima do muro...
Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma prá viver
Ideologia!
Prá viver...
Pois aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo
Em cima do muro
Em cima do muro...
Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma prá viver
Ideologia!
Eu quero uma prá viver..
Ideologia!
Prá viver
Ideologia!
Eu quero uma prá viver...





Seu nome era Agenor de Miranda Araújo Neto, mas ele ficou conhecido como Cazuza. Nesta quarta-feira (7), 20 anos após sua morte, a obra do artista permanece viva como nunca.


Aids.
Em outubro de 1987, Cazuza foi levado pelos pais para Boston, nos Estados Unidos, onde passou quase dois meses submetendo-se a um tratamento forte contra a AIDS. Ao voltar, gravou Ideologia no início de 1988, um ano marcado pela estabilização de seu estado de saúde e pela sua definitiva consagração artística.
No segundo semestre do mesmo ano, o espetáculo de Ideologia se mostrou mais profissional e bem-sucedido. Dirigido por Ney Matogrosso, Cazuza tentou valorizar mais o texto no show, que era pontuado pela palavra "vida". Substituiu a loucura de suas performances anteriores por uma postura mais contida no palco. Mesmo assim não aguentou e exprimiu seu lado agressivo e escandaloso num episódio que causou polêmica: em um show no Canecão, no Rio de Janeiro, cuspiu na bandeira nacional, atirada por uma fã.
Em 1989, se declarou publicamente soropositivo. Foi o primeiro artista brasileiro a assumir a doença publicamente, ele dizia que um artista que cantava “Brasil, mostra sua cara” não poderia mentir para o seu público.
Depois de quatro meses se tratando de forma alternativa em São Paulo, Cazuza viajou novamente para Boston, onde ficou internado até março do ano seguinte. Seu quadro clínico já era extremamente delicado e, àquele ponto, não havia muito mais o que fazer. Ele enfrentou a doença publicamente, mas acabou tomado por ela no dia 7 de julho de 1990.
Seu enterro aconteceu no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, e sua sepultura está próxima à de outros astros da música brasileira como Carmen Miranda, Ary Barroso, Francisco Alves e Clara Nunes. Sua obra é eterna e imortal, e a legião de fãs que ele ainda tem, continuará sendo exagerada, jogada aos pés do artista!




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