O padrão de corrupção é típico em muitas cidades do Brasil.
Em vez de procurar cumprir suas promessas eleitorais em benefício da população,
os eleitos usam essas mesmas promessas para empregar amigos e parentes, para
favorecer aqueles que colaboraram com suas campanhas ou para privilegiar alguns
comerciantes “amigos” em detrimento de outros.
Grande parte do orçamento do município é orientado em
proveito do restrito grupo que assume o poder municipal e se beneficia dessa situação.
Uma estratégia utilizada habitualmente em desvios de recursos públicos se dá
por meio de notas fiscais fictícias ou “frias”. A burla pode ser feita com as
chamadas empresas-fantasmas.
As empresas emitem notas fiscais e a prefeitura segue
todos os trâmites administrativos de uma compra normal. Quando necessário uma
licitação, monta todo o procedimento de forma a dirigir o certame para uma
empresa “amiga”, dificultando ou impedindo a participação de outras. Depois, dá
recibo de entrada da mercadoria, empenha a despesa, emite o cheque e faz o pagamento.
Posteriormente, o montante é dividido entre o fornecedor e os membros da
administração comprometidos com o esquema de corrupção.
Em geral, os recursos obtidos dessa maneira chegam ao
prefeito e aos que participam do esquema na forma de dinheiro vivo.
Quando se trata de serviços técnicos, a execução deve ser
certificada por funcionários capacitados, normalmente um engenheiro ou técnico.
Assim, quando há irregularidade, todos são coniventes, mesmo que por omissão. É
praticamente impossível para o prefeito fraudar a prefeitura sozinho.
Quando há necessidade de licitação, mesmo nas formas mais
simples de tomada de preços e convite, a comissão de licitações da prefeitura é
obrigada a habilitar as empresas. Segundo a lei n° 8.666/93, estas devem estar
“devidamente cadastradas na prefeitura ou atenderem todas as condições exigidas para cadastramento.Existem
quadrilhas especializadas em fraudar prefeituras com a participação do poder
público municipal.
Esses grupos e seus especialistas são formados
localmente, ou trazidos de fora, já com experiência em gestão fraudulenta. O
objetivo é implantar ou administrar procedimentos ilícitos, montar
concorrências viciadas e acobertar ilegalidades. O método mais usual consiste
em forjar a participação de três concorrentes, usando documentos falsos de
empresas legalmente constituídas. Outra maneira é incluir na licitação, apenas
formalmente, algumas empresas que apresentam preços superiores, combinados de
antemão, para que uma delas saia vencedora. As quadrilhas têm aperfeiçoado as
suas formas de atuar. Por isso, é preciso que os controles por parte da
sociedade também se aprimorem.
Um sinal que pode indicar ato criminoso é o que acontece
com o fornecimento de alimentos para a merenda das escolas em algumas regiões
do país. Muitas vezes, os produtos que chegam não seguem nenhuma programação e
muito menos qualquer lógica nutricional. Nem as merendeiras sabem, em alguns
casos, o que será servido aos alunos. A escolha dos produtos que serão
entregues às escolas é, na realidade, feita pelos fornecedores, e não pelos
funcionário.
Referencia: Cartilha ; O
COMBAT E À CO R R U P Ç Ã O N A S P R E F E I T U R A S D O B R A S I L
2 comentários:
TEM ALGUNS FUNCIONÁRIOS DE PREFEITURA QUE OSTENTAM UM PADRÃO DE VIDA INCOMPATÍVEL COM O SALÁRIO QUE RECEBEM. NÃO POSSUIAM ABSOLUTAMENTE NADA, HOJE SÃO DONOS DE EMPRESAS QUE PROVAVELMENTE NÃO ESTÃO EM SEU NOME. ISSO É UM INDÍCIO DE QUE PARTICIPAM DE ALGUM OU VÁRIOS ESQUEMAS DE DESVIO DE VERBA PÚBLICA. FIQUE ATENTO SÃO MATEUS
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