POR
OSWALDO VIVIANI do Jornal Pequeno
Desde domingo (6), faltando três dias para terminar
o prazo final dado pela Justiça Eleitoral para transferência de domicílio
eleitoral – que acaba hoje (9) –, tem se intensificado a “procissão de ônibus”,
lotados de eleitores, deixando a capital maranhense, São Luís, com destino a
vários municípios do interior do estado.
Segundo o Jornal Pequeno apurou, por meio de
denúncias que chegaram à redação, os ônibus são alugados por cabos eleitorais
de candidatos a prefeito e vereador no próximo pleito, que ocorre em outubro.
Os eleitores estariam recebendo quantias variadas – que vão de R$ 50 a R$ 100 –
para transferir seus domicílios.
Ao menos dois coletivos já teriam saído da Vila
Embratel, desde domingo, com destino a São João Batista (Baixada Maranhense),
por exemplo.
De Bom Jesus (área do Coroadinho), outros dois ônibus
transportando eleitores teriam saído na segunda-feira (7), no fim da tarde
(para não despertar suspeitas). O destino seria o município de Maranhãozinho
(noroeste do estado).
Do Tibiri (área do Maracanã), um ônibus, pelo
menos, teria se dirigido, na segunda-feira, para Cachoeira Grande (região do
Munim).
Há cerca de duas semanas, integrantes da sociedade
civil de Paço do Lumiar (município da Grande Ilha de São Luís) denunciaram à
Justiça Eleitoral a mudança diária domicílio de eleitores de São José de Ribamar
(também na Grande Ilha) para Paço.
Do Pará – Mas não saem só de São Luís os ônibus suspeitos
de transportar irregularmente eleitores com o objetivo de transferir domicílio
eleitoral.
No domingo (6), servidores do cartório de Bacuri (a
486 km de São Luís) estranharam o elevado número de pedidos de transferência do
domicílio eleitoral de Belém e Ananindeua (cidades paraenses) para Serrano do
Maranhão.
Descobriram que os eleitores – 38 ao todo – foram
trazidos por ônibus supostamente fretados por um vereador afastado por
improbidade administrativa e pré-candidato à Câmara no município maranhense.
De acordo com o juiz da comarca de Bacuri, Marco
Adriano Ramos Fonsêca, os eleitores foram levados de ônibus até Serrano do
Maranhão, no norte do estado.
De lá, táxis e vans os conduziram até o cartório
eleitoral, localizado a 20 km dali, em Bacuri.
O juiz disse que as 38 pessoas não informaram se
receberam pagamento em troca da transferência do domicílio eleitoral.
Segundo o magistrado, elas afirmaram apenas que o
transporte era financiado pelo vereador Hermínio Pereira Gomes Filho Gomes
(PSDB), o “Hermininho”, afastado por improbidade em 2010 e pré-candidato à
Câmara este ano.
A Polícia Militar não encontrou os carros em
Bacuri, mas apreendeu dois ônibus em Serrano do Maranhão, na tarde de domingo.
Segundo o juiz Marco Fonsêca, os veículos estavam
estacionados em frente à casa do ex-prefeito Leocádio Rodrigues (PDT), cassado,
também por improbidade administrativa, em maio de 2009.
Ele é pai do atual prefeito, Uaunis Rocha Rodrigues
(PDT), que assumiu o Executivo há oito meses.
Segundo a Justiça Eleitoral, a situação política de
Serrano do Maranhão é complicada. Uaunis é o sexto prefeito da cidade nos
últimos dois anos. Antecessores foram afastados ou cassados. Um deles –Vagno
Pereira, o “Banga” – chegou a ser preso, em março de 2010, na operação “Rapina
5”, da Polícia Federal.
Para o juiz Marco Fonsêca, houve tentativa de
fraude do cadastro eleitoral. Segundo ele, as 38 pessoas foram identificadas e
só não foram presas em flagrante por falta de espaço na delegacia. Todos os
envolvidos podem ser condenados a até cinco anos de prisão.
“Essa é uma investigação que será feita pelo
Ministério Público. Nós já repassamos todas as informações para o promotor e
para a polícia para que as providências sejam tomadas”, afirmou Marco Fonsêca.
O magistrado disse, ainda, que a prática é comum no
município. “Já sabíamos dessa prática e estávamos monitorando porque sabíamos
que não era novidade. O indício veio com o aumento da procura pelo serviço em
Bacuri, o que despertou desconfiança dos funcionários do cartório eleitoral”,
afirmou o juiz.
Os políticos citados na reportagem serão
notificados pela Justiça.
Enquanto
isso na Comarca de São Mateus do Maranhão.
Senhora é presa acusada de crime eleitoral no interior
Senhora Maria Raimunda Miranda Teixeira (presa) |
Foi conduzida a delegacia
de Policia Civil da Cidade de São Mateus do Maranhão a Senhora Maria
Raimunda Miranda Teixeira, moradora da cidade de Miranda do Norte, por
ocasião de estar em posse de um documento "falso" de declaração de Vida e
residencia na Cidade de Matões do Norte, para onde queria fazer a
transferencia do seu titulo; o fato foi levado a conhecimento das
autoridades policiais pelo Chefe do Cartorio de São Mateus sr. Thomaz
Fiterman Tedesco, que vem exercendo de forma exemplar e dentro dos
rigores da lei suas atribuições, muitos tentam dar "pressão", criar
intimidações e inclusive levantar falsas acusações contra o mesmo, mas
que pela sua conduta exemplar tem se portado dentro da mais pura
ética.
Na ocasião da prisão o
Jornal regional esteve na delegacia e no cartorio para apurar os fatos;
segundo informação do delegado a mesma foi conduzida por um policial
militar que estava no cartorio eleitoral, juntamente com a sra. Joselma
da Silva, que na delegacia disse que estava com uma amiga e um amigo
dela e deram uma carona para a sra. Maria Raimunda, o Delegado e o Chefe
do Cartório foram para a cidade de Matões do Norte ( investigar as
informações) no Local indicado o delegado disse que foi informado que a
sra Maria Raimunda não residia na cidade de Matões do Norte e sim na
cidade de Miranda do Norte juntamente com sua Mãe, diante da
configuração do crime a mesma foi autuada por crime eleitoral e se
condenada pode pegar de 02 a 06 anos de Reclusão (prisão), Joselma foi
liberada.
fonte: Jornal Regional
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