Infância Infinita.

Por : * Julio Ribeiro

Debaixo das mangueiras o sol se movia inofensivo, enquanto éramos crianças correndo.
Enquanto éramos crianças inofensivas em cavalos.
Os caminhos se abriram em horizontes derretidos que se fundem, que se beijam.
Eles constroem, e destroem. Nós observamos perplexos.
Deixa-me apertar a sua mão e levá-la para o outro lado.
Eles vêm em cavalos alados e arrancam nossos sonhos com foices.
Ria, eu não vou te deixar no meio do caminho.
Enquanto éramos crianças correndo.
O céu brilha como antes, mas acho que nossos corações foram rompidos.
Nossos corações vazam amor de todas as cores e tamanhos.
Deixa eu te mostrar que o pôr do sol é bonito desse lado da cidade.
Não havia percebido o quanto estávamos distantes, quando te abracei.
E vi que as mangueiras ainda crescem inofensivas.
E elas se beijam, se fundem. Me deixa apertar sua mão.
Eu posso ouvir o barulho do mar agora, como quando éramos crianças correndo.
Me deixa apertar sua mão e trazê-la para este lado da cidade.
Cavalos alados, foices e lágrimas.
Eles querem arrancar nossos sonhos.
Eu não vou te deixar. As mangueiras e os horizontes se fundem, se beijam.
Me deixa apertar sua mão, eu quero casar com você, na praia.

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