Debaixo das mangueiras o
sol se movia inofensivo, enquanto éramos crianças correndo.
Enquanto éramos crianças
inofensivas em cavalos.
Os caminhos se abriram em
horizontes derretidos que se fundem, que se beijam.
Eles constroem, e destroem.
Nós observamos perplexos.
Deixa-me apertar a sua mão
e levá-la para o outro lado.
Eles vêm em cavalos alados
e arrancam nossos sonhos com foices.
Ria, eu não vou te deixar
no meio do caminho.
Enquanto éramos crianças
correndo.
O céu brilha como antes,
mas acho que nossos corações foram rompidos.
Nossos corações vazam amor
de todas as cores e tamanhos.
Deixa eu te mostrar que o
pôr do sol é bonito desse lado da cidade.
Não havia percebido o
quanto estávamos distantes, quando te abracei.
E vi que as mangueiras
ainda crescem inofensivas.
E elas se beijam, se
fundem. Me deixa apertar sua mão.
Eu posso ouvir o barulho
do mar agora, como quando éramos crianças correndo.
Me deixa apertar sua mão e
trazê-la para este lado da cidade.
Cavalos alados, foices e
lágrimas.
Eles querem arrancar
nossos sonhos.
Eu não vou te deixar. As
mangueiras e os horizontes se fundem, se beijam.
0 comentários:
Postar um comentário
Para fazer comentário use sua Contas do Google como a do gmail, orkut entre outros. Qualquer comentário aqui postado é de inteira responsabilidade do seu autor.Comentários com palavras ofensivas e xingamentos serão excluídos.É livre a manifestação do contraditório desde citado o titular. De já agradeço.