FERNANDO LEE - O mágico do brega.




FERNANDO LEE - O mágico do brega.


(Mais de vinte mil cópias vendidas em apenas seis meses)






Por Nelin Vieira.


Às nove horas da noite do dia 22 de agosto de 2003 (sexta-feira), eu estava no restaurante POINT DO BODE, que fica próximo da minha casa, conversando com o prof. José Da Guia, o mineiro Cleuber Malaquias e o empresário Luiz Martins, quando chegou assim um pouco assustada e demonstrando bastante pressa, a nossa secretária, a senhorita Raimunda Sebastiana, conhecida como “Parruda”, trazendo um recado de que o “cantor e compositor” de nome Fernando Lee, estava numa ligação, diretamente de Belém do Pará, querendo falar comigo.


No momento, fiquei meio surpreso e até um pouco desconfiado, pensando que era algum amigo meu querendo me dar um trote. Mas para a minha satisfação, ao atender o telefone, ouço a voz do nosso conterrâneo Fernando Lee, dizendo-me que tinha localizado meu endereço, através do jornal O TAMBURI. Perguntei-lhe como havia conseguido, e ele fez o seguinte relato:


“Nelin, rapaz, eu estava viajando de Santa Maria do Pará, para Belém, e do meu lado, vinha um senhor lendo um jornal de nome O TAMBURI. No momento não me chamou muita atenção. Mas em uma das paradas para o almoço, eu cheguei primeiro e encontrei o jornal em cima da minha poltrona, e ao retirá-lo para eu sentar, foi que li o slogan “Um jornal são-mateuense”, ai, a partir desse momento, foi que eu juntei as “coisas” e a “ficha” caiu.


Na mesma hora, pedi permissão ao meu colega de viagem e passei a ler todas as matérias sobre a minha terra natal, e confesso-lhe, que foi uma das maiores emoções que já senti na minha vida.”


Após o nosso demorado bate-papo por telefone, o Fernando Lee perguntou-me se nós cederíamos um espaço no jornal O TAMBURI, para que ele (um filho de São Mateus e um dos primeiros, ainda menino, a tentar divulgar a sua vocação artística em nossa cidade), contasse um pouco de sua vida e de sua luta em busca do reconhecimento do seu trabalho, como ele mesmo nos conta em sua carta-biográfica, enviada à nossa redação no dia 26 de agosto de 2003.


FERNANDO LEE


UMA HISTÓRIA DE SUCESSO - Fernando dos Santos Silva, conhecido no mundo artístico como FERNANDO LEE, nasceu na Rua do Esporte (por trás da Igreja Matriz) em São Mateus do Maranhão. Veio de uma família humilde (cearense), tendo com seus pais, o Sr. Raimundo Alves Silva (Raimundo Cornélio, carpinteiro), e dona Cornélia dos Santos Silva. Pensou em ser cantor aos sete anos de idade. Aos dez, já era compositor. Suas músicas sempre falam de amor e saudade. Procurava amizade com todos os artistas que vinham se apresentar em sua cidade (São Mateus do Maranhão).


Teve seu trabalho reconhecido pelos cantores Fredson, Carlos André, Wanderley Cardoso e Waldir Ramos. Aos 16 anos se inscreveu num Festival de Calouros, promovido pelo Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), realizado na União Artística e Operária de São Mateus em junho de 1976. Na MOBRALTECA (palco improvisado em cima de um caminhão), Fernando Lee se apresentou com estilo, onde foi classificado em primeiro lugar, com um a música de sua autoria.


NA CULTURA E NA PRÁTICA – estudou no Grupo Santa Clara, Alves Cardoso e no Ginásio Bandeirante. Cursou o 2º Grau no Colégio São Francisco. Foi auxiliar de enfermagem no Hospital Dr. Lino Machado, ao lado do Dr. Edilson Macedo e Dr. Moraes, a quem gostava de chamá-los de professores. Aos 18 anos, foi tentar a sorte em Belém do Pará, e chegou a participar do Festival promovido pela Rádio Clube do Pará, onde foi classificado em 2º lugar com a música “Morada Antiga”, hoje, gravada por vários intérpretes.


O 1º lugar ficou com a cearense Francis Dalva, que na mesma época, gravou o seu primeiro disco (um compacto simples), pela gravadora ERLA. Com a música “Culpa de Seus Pais”, voltou a São Mateus e fez o seu primeiro show com a banda de Bacabal, Brito Som Seis, na União Artística e Operária de São Mateus, sendo bastante aplaudido pelos seus conterrâneos e elogiado pelos componentes da banda.


Foi para São Paulo tentar seguir a carreira artística e terminou se apresentando nos programas do Chacrinha, Dácio Campos, Clube dos Artistas e Sílvio Santos. Não conseguiu emplacar nas gravadoras, mas conheceu pessoas que estavam despontando no cenário nacional, como o cantor e compositor Peninha, a cantora paraguaia Perla, o alagoano Djavan, e a roqueira Rita Lee (sua artista preferida, daí o seu nome Fernando Lee). Já compôs para nomes famosos e até trilha sonora de novela. Voltou ao Maranhão e fez uma longa pausa na sua carreira, tentando novos caminhos.


OITO DIPLOMAS PROFISSIONAIS – Fernando Lee é formado em vários cursos profissionalizantes, como auxiliar de enfermagem, eletricista instalador, auxiliar de banco, garçom, fotografia, arquivista, eletrônica e agropecuária. Gosta de trabalhar na construção civil e carpintaria. Já foi comerciante, corretor de imóveis, representante comercial e é um MÁGICO ESPETACULAR.


Faz mágicas desde os 10 anos de idade. Trabalhou em vários circos, clubes, colégios, teatros etc. É Detetive Particular, com 80,95% de aprovação em suas investigações, devido o alto índice de resoluções de casos, foi convidado a se associar na Ordem dos Detetives do Brasil – ODB.


O CAMINHO DO SUCESSO - Voltou a morar em Belém do Pará, e já trabalhou como técnico e operador de instalação e manutenção da banda “CALIPSO”; depois mudou para a banda “TRIBUS”, onde gravou uma faixa “O Gaguinho do Brega” no CD da Tribus - que conquistou o país inteiro. Apesar de não ter contrato assinado com essa banda, Fernando Lee decidiu gravar um CD Solo, coisa que não foi muito difícil, por ele já ser conhecido dos espectadores da TV Liberal, onde apresentava um quadro de mágica “O Mister Mágico do Brasil” (MMB), na época do Mister “M” que se apresentava na TV Globo.


Quando o CD ficou pronto, a BREGASOM vendeu 20 mil cópias em apenas seis meses. “Um bom sinal para um cantor que não está 24 horas na mídia” ressalta o são-mateuense Fernando Lee. O seu CD é tocado por inteiro nos bares. Suas músicas de trabalho nas rádios são: “Não Sou Galã” (música feita ainda quando Fernando Lee morava em São Mateus), “Um Ano Sem Você” e “Somos Proibidos”, que já estouraram nos Estados do Pará, Amazonas e Amapá e até na Guiana Francesa.


O filho de seu Raimundo Cornélio, o cantor e compositor Fernando Lee, pretende voltar a São Mateus para realizar o seu maior sonho: cantar para os seus conterrâneos numa noite de lua cheia, e se possível, na praça da Igreja Matriz.


O “Mágico do Brega”, finalizou sua carta-biográfica, dizendo o seguinte:


“Quero dá um grande show na minha terra natal. Pretendo ajudar um bom político nas próximas eleições. Mas tem que ser alguém que não me decepcione e possa fazer alguma coisa pela nossa cidade”.






Disse também que gostaria de ver a sua geração no poder. Ver um filho de São Mateus administrando a sua cidade, e que no momento, ele acredita muito no seu amigo de infância, o Dr. Miltinho Aragão.


Boa sorte, Fernando Lee!










2 comentários:

Adonias disse...

Parabéns Nelinho pela matéria, VC como sempre apresentando ao povo em geral o que temos de melhor na nossa terra. É uma demonstração de que temos valores, bons valores, só precisam é de ter a oportunidade. Gostei da história do Fernando Lee, esse é dos nossos e em 2012 vamos acreditar num filho de São Mateus também. Gostei desse cara.

Anônimo disse...

Caro Adonias,

O nome do nosso escritor e poeta sãomateuense é Nelin Vieira, e 2012 vamos sim ter a oportunidade de eleger um jovem para dirigir os destinos do nosso município, pode até não ser nascido aqui, porém, sem sombra de dúvida será uma Jovem Revelaçao da política.

Marlon Brando

Postar um comentário

Para fazer comentário use sua Contas do Google como a do gmail, orkut entre outros. Qualquer comentário aqui postado é de inteira responsabilidade do seu autor.Comentários com palavras ofensivas e xingamentos serão excluídos.É livre a manifestação do contraditório desde citado o titular. De já agradeço.