Empoderamento, um desafio a ser enfrentado





Se considerarmos que “Conselhos Municipais são espaços de interlocução política, negociação e deliberação, mecanismos de partilha de poder e de democratização da vida social, com membros da sociedade civil e do poder publico”, seu fortalecimento como instância deliberativa e o empoderamento de seus membros como sujeitos políticos signatários de um mandato público é fundamental para o cumprimento de sua função pública. Em São Mateus do Maranhão não existem, pelo menos notoriamente um trabalho de fortalecimentos dos membros dos conselhos municipais, via de regra o conselho da saúde se reúne, mas sem que a maioria dos membros saibam o seu devido papel.  
Adquirir poder para fazer parte das decisões e das ações que irão influenciar a realidade de uma comunidade, da sociedade, de todas as pessoas e participar das decisões sobre assuntos de interesse de todos são processos que caminham juntos quando se fala de empoderamento e democracia. A atuação do conselheiro ou da conselheira municipal (tanto da sociedade civil como do poder publico)  deve guiar-se por esses dois princípios, como meio de estimular as pessoas a tomarem parte na construção de uma realidade mais justa para se viver.
O “Empoderamento” é este processo pelo qual as pessoas, as organizações, as comunidades tomam controle de seus próprios assuntos, de sua própria vida, tomam consciência da sua habilidade e competência para produzir, criar e gerir seus destinos.
O conceito de empoderamento surgiu com os movimentos de direitos civis nos Estados Unidos nos anos de 1970, por meio da bandeira do poder negro, como forma de auto-valoração da raça e conquista de cidadania plena. Ainda no mesmo ano, o termo começou a ser usado pelo movimento de mulheres.
A capacidade de decidir sobre a própria vida é um dos objetivos de estratégias de empoderamento de pessoas e comunidades, mas o poder consiste também na capacidade de decidir sobre a vida da comunidade. Logo, um processo de empoderamento eficiente deve envolver tanto componentes individuais como coletivos.
Para isso, é necessário que as pessoas e as instituições desenvolvam capacidades para pensar criticamente e agir acertivamente, construam espaços e grupos colaborativos, promovam a tomada de decisões de forma horizontal e democrática e implementem ações em conjunto.
Empoderar-se para assumir com autonomia o papel que têm a desempenhar e, de acordo com a legislação, exercer o poder de promover a participação e o “empoderamento” de outros, pode representar um dos maiores desafios para a conselheira ou o conselheiro.
Empoderar-se e empoderar os seus representados, passa, ainda, pelo exercício de pensar a realidade em que se está inserido e de repensar e recriar essa realidade. Para que isso seja possível, os conselheiros devem desenvolver-se e capacitar-se continuadamente. Adquirir conhecimentos e informações e socializar esse conhecimento constitui em fator determinante para o sucesso na luta pela promoção, defesa, garantia e ampliação dos direitos da sociedade. 

fonte: http://www.dhnet.org.br

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