Série 50 anos. Lembranças de são Mateus





 Lembranças de são Mateus


Quando lembro de São Mateus a primeira coisa que me vem à mente é saudade. Saudade de um tempo em que colher manga madura, chupar deliciosos cajus, subir nas árvores e correr pelas ruas era um prazer inenarrável.

Não posso lembrar-me de São Mateus sem lembrar do Tapuio nem da Lagoa do Catêbo, não sei em qual dos dois aprendi nadar, mas sei que em ambos me divertir muito.

É impossível pensar em São Mateus: sem lembrar da minha infância, repleta de alegria e amizade; sem a emoção das partidas inesquecíveis de futebol. Quando a ausência de chuteiras não impedia as jogadas geniais dignas de qualquer craque que hoje encanta multidões. Quando os buracos e pedregulhos que feriam nossos pés descalços não apagavam a paixão pelo o esporte.

Se eu fosse um governante em São Mateus três coisas eu faria: a primeira era transformar a área onde está localizada a lagoa do Catêbo num Parque Ecológico.

Segundo, cuidaria do Tapuio como quem cuida de uma jóia preciosa e não deixaria que nada ameaçasse a sua existência, nem sua beleza.

A terceira coisa que eu faria era cuidar para que os campinhos de futebol não desaparecessem.

Se no dia em que São Mateus completasse seus  cinqüenta anos eu ainda morasse lá sairia pelas ruas abraçando cada pessoa que encontrasse pelo caminho, meus vizinhos, amigos e desconhecidos e falaria para cada um o quanto amo esta cidade.

Como hoje estou distante deixo o meu abraço de retribuição por tudo que vivi nesta que tem o status de ser a única que um dia me viu nascer.

É como um poeta apaixonado que me ponho a versejar ao dia que completarás 50 anos.

Ontem tão pequenina hoje uma jóia rara.
Ontem um sonho, hoje uma realidade bonita
Ontem o inicio, hoje o recomeço
Ontem um, hoje cinqüenta

Ontem um, hoje milhares de filhos e filhas agradecidos
Por um dia terem nascidos no melhor lugar que o planeta reservou para alguém vir ao mundo.

À melodia de um canto belo à sobra de um Ipê Amarelo que repouso agradecido.
Não há nada mais singelo do que o prazer de ser um filho teu.
Estará sempre nos meus planos,
Feliz 50 anos...
Meu querido São Mateus.



Maximiano Santos Bezerra,
 nasceu em São Mateus do Estado do Maranhão, estudou no Grupo Escolar Santa Clara e no Colégio São Francisco, mudou-se adolescente para Vitória da Conquista na Bahia onde cursou faculdade de História e fez Pós-graduação em História Social Antiga e Medieval pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
No Tocantins Cursou: Pós-graduação em História Regional do Tocantins e História da África, da Cultura Negra e do Negro no Brasil pela Universidade Federal do Tocantins.
Coordenou a ONG: Associação de Preservação Ambiental de Taquaruçu por dois mandatos.
Presidente do Fórum Permanente de Educação e Cultura Afro-brasileira do Tocantins
Interlocutor do Ministério da Educação no Estado no trabalho com Direitos Humanos.
Técnico da Secretária Estadual de Educação do Tocantins.


Atualmente diretor da Diretoria de Educação Indígena e Diversidade da Secretaria do Estado do Tocantins


Residência: Reside em Taquaruçu, um distrito eco-turístico localizado a 36 km de Palmas, capital, com aproximadamente quatro mil habitantes. No distrito o escritor encontra a tranqüilidade e a inspiração necessária para o desenvolvimento de sua obra que conta hoje com três livros publicados e um concluído e outro em fase de conclusão.

1 comentários:

mosca na sopa disse...

São mateus apesar de castigada pelos seus governantes que tem amor ao dinheiro e abandonam a cidade , mesmo assim é uma cidade muito querida pelos seus filhos no qual eu me incluo tendo a grande vantagem de nunca te saido daqui . Vendo os versos do poeta eu viajo tambem na minha infancia lagoa do capêbo, jogar bola na rua, ir pegar passarinho (bigode) de gaiola ou matar passarinho de "baladeira" ao qual eu me lembro com muita saudade mas me arrempendo de tantas "pipiras" que matei, lembro que eu era fera em fazer carro de litro , brincar de guerra atirando "mamonas" de "baladeira"uns nos outros , fazer gaiola coisa que eu era "craque" , ir pra o tapuio pescar de anzol e pegar "piaba" num litro verde, gostava de empinar papagaio na praça da igreja, brincadeira que eu mais gostava e tambem eu mesmo fazia meus papagaios, naquele tempo a coisa era tão dificil que eu comprava meia folha de papel pra cobrir um papagaio e as vezes cobria ate com plastico por falta de dinheiro hoje eu com 37 anos quando vejo uma pipa voando (que naquele tempo a gente chamava de papagaio "suro" ou "curica" quando tinha rabiola o que era motivo de gozação dos outros meninos) ainda hoje tenho vontade de fazer um papagaio e brincar, tambem fica a saudades dos meninos daquele tempo : tinha o "manel gago " ( ja falecido) que era o brigador , tinha o zé da dona jucelina ou "zé do bolo" outro brigador, tinha o hoje falecido "solon" filho do "goiabeira" que era bom de bola,e depois de algum tempo passou a ser um grande amigo que a gente tava sempre ouvindo legião urbana, cazuza, e outras bandas, tinha o "taniel" filho de dona cleres da lanchonete, tem um que ainda hoje mora aqui e é meu amigo o ivar muito gente boa, tinha o ermeson ou "meson" do joão "boleiro" , e tantos outros que o tempo e o destino os afastou daqui mas acho que nunca esqueceram a cidade. E eu filho da cidade nascido aqui proximo a igreja matriz fico ate emocionado com os versos do poeta maximiliano .

Visite :
http://saomateus-ma-moscanasopasm.blogspot.com/

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