Seic investiga em sigilo plano para matar juíza do interior do Maranhão

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A Superintendência Estadual de Investigações - Seic, não quiseram se pronunciar sobre as investigações que apuram das supostas ameaças de morte contra a juíza Lucimary Castelo Branco Campos dos Santos e a dois pproprietários de cartórios no interior do Maranhão.

Os delegados Marcos Affonso e Carlos Alberto Damasceno se recusaram falar sobre o assunto, alegando que as investigações se desenvolvem sob segredo de Justiça, embora o fato tenha sido noticiado na internet e jornais.

O secretário de Segurança, Aluísio Mendes disse em entrevista, na tarde desta terça-feira, a uma emissora de rádio local, que as investigações se desenvolvem sigilosamente em face do acusado Paulo Araújo Ferreira, que está cumprindo prisão preventiva decretada pelo Juiz Douglas de Melo Martins, ter feito declarações acusando várias pessoas e depois entrado em contradições. 

Para Aluísio Mendes, as declarações de Paulo, em alguns pontos são muito fantasiosas embora em outros sejam verídicas, fato este que está levando a polícia e agir de forma mais criteriosa possível, contando os delegado encarregados das investigações, com o
apoio dos Serviços de Inteligência da Polícia Civil e da Polícia Militar.

Já foi apurado que Paulo Ferreira é um hacker muito habilidoso e autor de vários crimes no estado de São Paulo - crime federal. Conforme o secretário de Segurança, cerca de sete pessoas ainda deverão se ouvidas, e todas as informações de Paulo Ferreira checadas, para verificar a veracidade. 

Prisão
Paulo Araújo Ferreira foi preso pela Seic e declarou que havia sido contratado pela tabeliã Alice Ribeiro Brito, presidente da Associação dos Notários e Registrados do Maranhão e pelo tabelião Luiz Belchior Silva Filho, do Cartório do 3º Ofício de Notas da Capital, para matar a juíza Lucimary Castelo Branco Campos dos Santos, titular do 6º Juizado Especial Cível; a tabeliã Ana Carolina Brasil Campos Maciel, do Cartório de São Mateus e o tabelião substituto do Cartório de Maranhãozinho, que não teve sua identidade revelada Ronaldo Torres. 

Paulo Ferreira disse que lhe foi proposto o pagamento de R$ 10 mil pela morte de juíza Lucimary; R$ 10 mil pela morte do tabelião de Maranhãozinho e R$ 25 mil pela morte de Carolina Brasil. Todas as mortes seriam materializadas através de dispositivos eletrônicos que seriam acionados por telefones celulares para explodir os tanques de combustível do veículos das vítimas. 

Paulo teria exigido adiantamento do dinheiro oferecido e como não aconteceu, ele adiou a prática dos crimes. A proposta foi alterada e Paulo recebeu a proposta de pagamento de R$ 75 mil pelo assassinato da magistrada e mais R$ 10 mil para ficar calado e a promessa de
assistência jurídica por um bom advogado, caso viesse a ser preso.

Formação
Paulo é formado em mecatrônica e análise de sistemas pela Universidade de São Paulo (USP). Ele é acusado de projetar 13 programas, todos com nomes femininos, para fraudes. Veja a relação dos programas:
ANA – processa os dados dos cartórios do 3º Ofício da Capital e de Maranhãozinho;
JOANY – atua com o programa GLÓRIA, consegue invadir os servidores de instituições financeiras e órgãos da administração pública federal, estadual e municipal. Pode copiar dados e introduzir novas informações;
GLÓRIA – atua especificamente nas fraudes de contas bancárias;
CONCEIÇÃO – invadia o servidor do Instituto de Identificação da Secretaria de Segurança Pública;
LUCY – acessava o servidor central do Tribunal de Justiça e “lá inseria dados de quaisquer natureza ou subtraia os que estavam arquivados“;
MARIA – era usado para invadir os computadores dos gabinetes dos desembargadores e dos juízes, era usado com o MA
MAGNÓLIA – interceptava e-mails de desembargadores e juízes;
SABRINA – injetava vírus em rede de computadores e máquinas pessoais; era também utilizado para quebrar os cincos níveis de segurança dos sistemas de bancos e órgãos públicos;
JAQUELINE E MAYARA – inseriam dados nos computadores de pessoas escolhidas com o objetivo de incriminá-las ou de fazer ameaças; as informações eram utilizadas por outros juízes e desembargadores cooptados pelo quadrilha que expediam ordens judiciais em desfavor dos mesmos;
MARTA I e MARTA II – eram utilizados para a transferência de dados criptografados dos cartórios de Maranhãzinho e Maracaçumé;
TEREZINHA – era o programa matriz e nele eram arquivados todos os dados obtidos através dos outros programas e após analisados e alterados eram devolvidos ao computador onde o golpe foi executado

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