*Por Juvenil Gonçalves
Miltinho, o vice Rogério
Garcia e sua equipe de assessores tem um longo desafio para os próximos 04 anos.
São Mateus, como qualquer outra cidade Maranhense, faz parte de uma geração de
problemas que surgiram nas últimas décadas. O crescimento populacional e
habitacional veio de forma desproporcional ao seu desempenho econômico. A
mancha urbana veio num ritmo muito mais elevado do que a capacidade de
construir infraestruturas, escolas, hospitais, estradas, organização política e
social. As necessidades foram aparecendo. Tomarmos-nos uma cidade de 40 mil
habitantes em pouco tempo. Dizíamos que São Mateus era “a cidade que mais
cresce na região do Médio Mearim” como se fosse uma grande vantagem. Os custos
aparecem hoje.
A população que demandou a região
urbana era e é em geral população rural empobrecida, e o resultado disso foi a
grande expansão de periferias pobres e explosivas. O desenfreamento demográfico
ultrapassou amplamente o ritmo de organização política e social, de geração de
empregos, de expansão das infraestruturas como já citado no parágrafo anterior.
A dinâmica do poder não mudou. Como o poder continuou a concentrar os recursos
públicos no seu próprio proveito, geraram-se assim duas cidades: a dos que
detém o poder em mãos e a dos pobres que ficam à margem desse poder, tão bem
simbolizado hoje nos luxuosos bairros da capital do estado, nas escolas particulares,
nas sofisticadas fazendas de gado bovino etc. Administrar São Mateus, sem
dúvida é administrar uma série de desigualdades.
Uma
política que deu e que vem dando certo em várias cidades do nordeste –
inclusive no semiárido - pode ajudar a apontar rumos para uma administração
sadia e amenizar os problemas mais críticos que exigem soluções mais imediatas
como: trânsito, água, lixo, meio-ambiente, saúde. Em cada uma destas áreas, é
possível definir quais as soluções a serem tomadas e criar as articulações. Além
de, naturalmente, construir e publicar os indicadores que meçam os impactos
sobre a qualidade de vida do cidadão, para que os resultados sejam visíveis e
mereçam o apoio político da população. Ninguém
até hoje encontrou a solução mágica para solucionar problemas antigos de
administrações públicas. Mas gerar instrumentos concretos de coordenação em
função dos problemas mais críticos do ponto de vista dos interesses da
população pode ser um bom começo.
Portanto,
acreditamos que o prefeito eleito Miltinho Aragão e toda a sua equipe de
governo, terá a sabedoria para fazer mapeamento das reais necessidades de São
Mateus, dar prioridade às carências dos bairros, ruas, setores, etc. Planejar
as ações é dar especial atenção aos detalhes na execução. Levar em consideração
o interesse de um bairro, ou de um segmento como saúde, educação, agricultura
ou de uma determinada classe social. Dar ampla visibilidade às ações seja qual
for o campo de atuação. Divulgar tudo, inclusive o valor gasto, por menor que
tenha sido, principalmente para o público beneficiado daquela ação e,
sobretudo, prestar contas de todos os recursos de todas as Secretarias, para
que seja o mais transparente possível. Não deixar acumular nada, evitar
pendências nas prestações de contas, mostrar tudo. O povo tem direito de saber
onde são gastos os impostos e taxas que pagam e de onde vêm os recursos usados
pelo município em suas obras.
*Criticas e sugestões: juvenilcosta@gmail.com
Juvenil Gonçalves, escreve
poemas, contos e é colaborar de alguns jornais comunitários.
1 comentários:
esperu que o nosso prefeito eleito convoque os guardas municipais logo pois eles estão esperando ha anos pra trabalharem
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