Insurreição de
massas foram e estão indo ocupando as
ruas e as praças. O movimento sem lideres não aceita de forma alguma
bandeiras partidárias ou políticos oportunistas, o “movimento” não é socialistas,
capitalista ou qualquer istas. Agora são temas ligados à vida concreta do
cidadão: democracia participativa, trabalho para todos, direitos humanos,
presença ativa das mulheres, transparência na coisa pública, clara rejeição a
todo tipo de corrupção, um novo mundo possível e necessário. Esses “rebeldes”
não se sentem representados pelos poderes instituídos que geraram um brasil que
avançou na área social, mas perdeu credibilidade na ética da coisa publica, o
mundo desses que estão nas ruas é da era digital, enquanto o dos políticos representantes
é analógico.
Analisa essa
conjuntura é um desafio para qualquer analista. Agora cada cidadão pode sair do
anonimato. Esse fenômeno precisa ser analisado de forma acurada porque pode
representar um salto civilizatório que definirá um rumo novo à história, não só
de um país mas de toda a humanidade. As manifestações do Brasil provocaram
manifestações de solidariedade em dezenas e dezenas de outras cidades,
diferentemente do que a mídia Rio/São Paulo mostra.
O povo se saturou
com o tipo de política que está sendo praticada no Brasil, inclusive pelas sociais.
O Brasil esta acabando com a fome, mas
como diz a musica de Titãs:
A gente não quer só comida A gente quer bebida Diversão, balé A gente não quer só comida A gente quer a vida Como a vida quer...
Agora o povo já esta comendo que mais, quer
educação, cultura, reconhecimento da dignidade humana e dos direitos
pessoais e sociais como saúde com qualidade mínima e transporte
menos desumano, não é só por R$0,20 centavos.
Esse grito não
pode deixar de ser escutado, interpretado e seguido. A política poderá ser
outra daqui para frente. O Governo Federal, o Senado e a Câmara Federal já se
meche para buscar resultados à demanda das ruas.
A democracia representativa tal qual ainda a
concebemos é fruto de um projeto social concebido há mais de trezentos anos no
seio das revoluções iluministas, reformistas e liberais que tiveram curso a
partir do século XVII em uma Europa que acordava da sombria Idade Média. Então,
não estaria mais do que na hora de atualizar o nosso sistema de governo? Upgrade
na democracia? Não é exagero dizer que a mobilização social que testemunhamos
reflete uma crise de legitimidade da própria democracia representativa.
Os movimentos recentes mostram que está
chegando a hora de o povo brasileiro romper com o partidarismo politico
eleitoreiro, uma reforma institucional está na ordem do dia em nosso país. Era feio
quem quer usar o clamor do povo para fazer politica partidária, ou a
manifestação perde o foco ou não tem o apoio desse povo que quer uma evolução
na democracia.
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