Série São Mateus 50 anos: Minha terra! Porque não?



Por: * Rômulo de Araújo Vieira
         
Realmente não nasci nessa terra, mas foi aqui onde nascera meu pai. Sou filho da “cidade grande”, de família humilde e trabalhadora que como muitas tiveram que sair pra trabalhar fora. Ao chegar por aqui fiquei espantado, perguntei a mim mesmo, onde andarão todos os carros? Onde se enfiaram os prédios? Onde está aquela multidão de pessoas? Perguntas comuns feitas por estranhos ao se deparem com lugares diferentes.
         
Não me encontra perdido, mas realmente não sabia onde estava. E só me restava à curiosidade, que me consumia, e só aumentava meu desejo de desbravar esse lugar, ate então desconhecido por mim.
         
Passado algum tempo notei que aquela que São Mateus deixara de ser apenas aquela pequena cidade. Comecei a olhar-la com outros olhos, e percebi que as maiores qualidades se encontravam nos pequenos detalhes, nas crianças ingênuas brincando nas ruas e praças sem preocupação, nas casas e avenidas; simples, porém com um toque de capricho; Nas escolas, antigas, mas que conta com alunos sedentos por aprender. O desenvolvimento anda devagar, contudo a esperança para mudar essa situação é extensa, e está no amor a esta terra como diz o poeta Gonçalves Dias “Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá”
         
Foi aqui que ganhei uma das mais belas coisas que alguém pode ter: Amigos de verdade. Me deixei envolver, chorei, sorrir, gritei e pulei, ouvi vários conselhos, criei raízes. Alguns podem até falar mal, fazer criticas contra minha cidade, mas hoje piso nesse chão e concerteza podem afirmar São Mateus não é o paraíso, mas se alguém me perguntar posso dizer foi aqui que vivi os melhores momentos da minha vida. São Mateus MINHA TERRA.
        
* Rômulo de Araújo Vieira, 17 anos filho de José Carlos Batista Vieira, conhecido como Zé Carlos e de Dona Maria de Fátima de Araújo Vieira, conhecida como Nena, nasceu na cidade de Gama – DF é filho de coração e alma de São Mateus, chegou aqui me 2006, mora na P.A Nova Guinê. 

1 comentários:

Altina Costa Magalhães disse...

Parabéns Rômulo pela sua crônica sobre São Mateus do Maranhão, belíssimo texto, em que você expõe suas impressões sobre sua cidade, vá em frente, e lembre-se um bom escritor tem que ler muito, observar a realidade e utilizar as palavras para retratar o mundo de acordo com a sua visão. Sucesso!

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