Por: *
Rômulo de Araújo Vieira
Realmente não nasci nessa terra, mas
foi aqui onde nascera meu pai. Sou filho da “cidade grande”, de família humilde
e trabalhadora que como muitas tiveram que sair pra trabalhar fora. Ao chegar
por aqui fiquei espantado, perguntei a mim mesmo, onde andarão todos os carros?
Onde se enfiaram os prédios? Onde está aquela multidão de pessoas? Perguntas
comuns feitas por estranhos ao se deparem com lugares diferentes.
Não me encontra perdido, mas realmente não
sabia onde estava. E só me restava à curiosidade, que me consumia, e só aumentava
meu desejo de desbravar esse lugar, ate então desconhecido por mim.
Passado algum tempo notei que aquela
que São Mateus deixara de ser apenas aquela pequena cidade. Comecei a olhar-la com
outros olhos, e percebi que as maiores qualidades se encontravam nos pequenos
detalhes, nas crianças ingênuas brincando nas ruas e praças sem preocupação, nas
casas e avenidas; simples, porém com um toque de capricho; Nas escolas,
antigas, mas que conta com alunos sedentos por aprender. O desenvolvimento anda
devagar, contudo a esperança para mudar essa situação é extensa, e está no amor
a esta terra como diz o poeta Gonçalves Dias “Minha terra tem palmeiras onde
canta o sabiá”
Foi aqui que ganhei uma das mais belas
coisas que alguém pode ter: Amigos de verdade. Me deixei envolver, chorei,
sorrir, gritei e pulei, ouvi vários conselhos, criei raízes. Alguns podem até
falar mal, fazer criticas contra minha cidade, mas hoje piso nesse chão e
concerteza podem afirmar São Mateus não é o paraíso, mas se alguém me perguntar
posso dizer foi aqui que vivi os melhores momentos da minha vida. São Mateus
MINHA TERRA.
* Rômulo de
Araújo Vieira, 17 anos filho de José Carlos Batista Vieira, conhecido como Zé Carlos
e de Dona Maria de Fátima de Araújo Vieira, conhecida como Nena, nasceu na
cidade de Gama – DF é filho de coração e alma de São Mateus, chegou aqui me
2006, mora na P.A Nova Guinê.
1 comentários:
Parabéns Rômulo pela sua crônica sobre São Mateus do Maranhão, belíssimo texto, em que você expõe suas impressões sobre sua cidade, vá em frente, e lembre-se um bom escritor tem que ler muito, observar a realidade e utilizar as palavras para retratar o mundo de acordo com a sua visão. Sucesso!
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