Rio de Janeiro e São Mateus do Maranhão. Algo em comum?

 Rio - Quando se está numa crise, usam-se os instrumentos disponíveis e os procedimentos conhecidos para conter os sintomas e salvar o “paciente”. É o que esta acontecendo no Rio, medidas estremas, estão sendo usadas no Rio que esta na UTI, tomado por uma enfermidade letal, apresentando um quadro agudo. Nessa hora, não há como construir hospital, é feito a cirurgia em qualquer local. A insegurança Publica no Rio de Janeiro chegou ao seu ponto máximo, os traficantes eram(são)os donos dos morros. Só quando uma politica de parceria entre Policia e Comunidade foi feita a situação ficou feia para os traficantes.

Em São Mateus do Maranhão devemos de já tomar medidas preventivas para que não se chegue ao extremo como no Rio de Janeiro, a questão das drogas outrora não existia como tanta ênfase como agora em São Mateus, drogas como o CRACK, já é uma realidade em nossa cidade. Mas já podemos também usar medidas punitivas aos traficantes. No entanto se a sociedade, a mídia e o poder público continuarem se recusando a pensar e abordar o problema em profundidade e extensão, ou seja, a tratar do problema na perspectiva do médio e do longo prazo, nos condenaremos a crises, cada vez mais dramáticas, para as quais não há soluções mágicas.

Tropa de Elite é real, no Rio e em São Mateus do Maranhão, quem puder que veja, como os vendedores de CD e DVD piratas, em São Mateus pagam propinas a fulano e a breutano, em plena feira de sábado. É sabido que nem todos os policias são maculados por esse sistema, que se mistura com os traficantes e que depois quem punir.

No Rio, a invasão dos morros esta acontecendo, em São Mateus a entrada da cidadania deve ser feita nos locais de maior vulnerabilidade, os próprios programas do governo federal como a Casa da Família (CRAS) e o CREAS ( centro de referencia especializado da assistência social) deveriam ser em locais de vulnerabilidade social e não no centro da cidade como é. Isso dificulta a ação do governo. Deixa o povo mais afastado dos seus direitos. Enquanto isso o trafico aumenta nesses locais, e violência, a falta de perspectiva de vida.

As UPPs, (Unidades de Policia Pacificadora) no Rio de Janeiro vale dizer, são um ótimo programa, que se junta no “Mutirões pela Paz”, que foi implantado com uma equipe em 1999.  Mas elas não terão futuro se as polícias (civil e militar) não forem profundamente transformadas. Pois o modelo policial foi herdado da ditadura. Ele servia à defesa do Estado autoritário e era funcional ao contexto marcado pelo arbítrio. Não serve à defesa da cidadania. E, para piorar, a PEC 300 (que fala sobre o piso salarial da PM)  ainda não esta em pratica, pois governadores  pagam aos policiais salários insuficientes, empurrando-os ao segundo emprego na segurança privada informal e ilegal.

Ou se começa a falar sério e levar a sério a tragédia da insegurança pública  em São Mateus do Maranhão ou o ações como a do Rio de Janeiro serão necessárias aqui também. Espero que não.